quinta-feira, setembro 30, 2004

Diálogo padrão - variação 1
*a pedido*


- Te amo.
- Quanto?
- Desgraçada!

...

"Trabalha com pincel. Pintou o céu, bonito ficou. Trabalha com amor" (Eddie)

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terça-feira, setembro 28, 2004

FloriFotos


Roy was there.
Sem legendas.

...

"Você vai cair na festa. Você vai cair..." (Eddie)



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domingo, setembro 26, 2004

um metro e 77 de sol



De volta ao pano urbano
Sedento pela volta e pelo sono
Ansioso de passagem pelo tempo
Pelo amargo tempo da saudade
É a estrada que irrompe o peito
Invade indolor
Gume preciso
Tanto sonhei com isso
Que não sei se acredito

 
(texto e imagem enviados pelo Felipe Martini, da SOL)


...

Agenda de eventos:
- Show da Eddie amanhã em PoA. E ninguém sabe o que isso significa pra mim. É um voltar no tempo, quase. É emoção pura, muita.

"Eu gosto do sol que arde e cora e que descasca a pele das costas. Eu gosto do sol que seca, quara, que derrete, ensopa a roupa. Eu gosto do sol que o brilho cega e magnificamente colore as coisas."


- 14 de outubro: VILLAGE PEOPLE. (irei)

- 16 de outubro: Ira! Acústico. Contagem regressiva.

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quarta-feira, setembro 22, 2004

Nossa casa, nossa vida, nossa arte, tchê.


Transportas
de Lela Martorano


Então fomos mesmo pra ilha. 77 e eu botamos o Backbone e a tia Driquinha no velho Palio batido (agora aditivado) e fumos. Teve o Roy junto, óvbio, que foi clicando momentos mágicos da República até a volta.

Teve de um tudo.

Teve a acolhida da Lela, que tem uma casa que é uma obra de arte morável. Teve o Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa, o Campeche, a Praia da Solidão ... Teve a ateliê das meninas, a casa da Katita, o Mercado Público e o consultório da Neidoca.

Teve gente, muita. Teve o momento de rever (o Fábio, a Neide, a Fê Luz...) e o de conhecer (tantos, tantos, tantos). E tiveram os bebês também. Uma overdose deles e da energia deles: o ar contemplativo e sou-independente da Bruna e a risada solta e gostosa da Maria Rosa.

Tantos momentos memoráveis. E outros imemoráveis.

Teve muita ostra, camarão, marisco, peixe e casquinha de siri. Teve a caipirinha. O Zaca e o Zeca.

Tiveram os bordões, as frases, as palavras todas que entraram direto pro roteiro de O SEXO E A CIDADE, BAIXA: cambada de inoperante, catrefa, as normas da casa, um TAPA DA REALIDADE... - casi todas de autoria da Neiducha, nossa RêBordosa Local.

Tiveram os brindes também. À nossa grande aventura. EQUESIRVAM! ("nossas façanhas de modelo à toda terra!").

Foi tri o vinte de setembro. E que venham outros.

...

Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o vinte de setembro
o precursor da liberdade.

Mostramos valor, constância
nesta ímpia e injusta guerra;
sirvam as nossas façanhas
de modelo a toda a terra.

Entre nós revive Atenas
para assombro dos tiranos;
sejamos gregos na glória,
e na virtude, romanos.

Mas não basta ser livre
ser forte, aguerrido e bravo
o povo que não tem virtude,
acaba por ser escravo.



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terça-feira, setembro 21, 2004

flor & pá

"Florianópolis
Cidade litorânea catarinense. Capital do estado de Santa Catarina.
Junto com Garopaba, Porto Belo e Camboriú, um dos balneários gaúchos de maior beleza natural, apesar de que, a rigor, localizam-se em território catarinense."

...

Voltei(tamos).
Foi bom (ótimo).
Quando passar a intoxicação intestinal por frutos do mar ingeridos em altas doses no dia de ontem, eu escrevo.
Ou não.
Foi (tri)bom...


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quarta-feira, setembro 15, 2004

Estrógenos & outros balangandans

Fazendo exame de sangue, a pedido do dermato, descobri que meu nível de testosterona é bem abaixo do que o normal. A Driquinha veio com a melhor definição, até agora:

"Quer dizer que tu é muito mulherzinha?"

ÓTEMO.

Melhor que isso só o diálogo ontem à noite lá em casa:

A pessoa: "Ai, me abraça que eu tô carente."
Ele, abraçando a pessoa: "Mas o que é que tu tem?"
A pessoa: "Pouca testosterona..."

(ô-quei.)

Enquanto isso no Megeras...

O mega consultor mudial para assuntos aleatórios, Dr. BÓ, descendente direto de Pandora e frequentador das passarelas de Milão e Paris, costuma distribuir dicas as menos avisadas e alerta: se você ignora que rosetas roxas são menos marcantes que as azuis, seja humilde. Se informe primeiro, depois tente aparecer.

(o segundo grifo é MEU. porque eu AMEI a frase, que é disparada a melhor frase da Rô de todos os tempos.)

...

Chega sexta, chega sexta, chega sexta...



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terça-feira, setembro 14, 2004

"agora não posso"
ou
Temos rico!


O sonho de consumo d'ele é um fogão de 6 bocas. Mas o TRAMBOLHO já foi vetado aqui em casa. Agora noiz (eu + ele) gastamos nossas manhãs assim: batendo perna pelas lojas de eletro-domésticos, à procura do fogão ideal. De 3 pás, sem fio e de 900 BTUs. Preto.

(ok)

O resto do dia eu me concentro no trabalho. Que é muito. Sempre.


imagem by Pipe. gentilmente roubada do 27 horas


Enquanto isso tudo, o alegre bando (eu + ele + ela + aquele cara que vive um dia com 3 horas a mais + quem sabe aquela outra que vive na estrada) se prepara para o feriadão em Floripa. Rumo a BR, fugindo de todo o tradicionalismo do 20 de setembro! Um brinde a toda a nossa grande aventura e que "sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra"!



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sexta-feira, setembro 10, 2004

Goodbye stranger
(os 5 mais-mais bem aproveitados cds da Joelma, ouvidos no repeat infinitamente)

5) Los Hermanos - O Bloco do Eu Sozinho (de tempos passados, de formular teorias e criar amores que, deliciosamente, se materializam e te fazem a mulher mais feliz do mundo, até hoje. e também de ficar com pena do Marcelo Camelo e sua dor de corno e se identifar tanto com o Rodrigo Amarante a ponto de responder "eu! eu!" quando ele canta "quem é mais sentimental que eeeeu...")

4) Cake - Prolonging de Magic (de ouvir sozinha em casa e cantar alto e dançar, enlouquecidamente, NEVER THERE. muito. e achar que Let Me Go foi feita pra mim.)

3) Legião Urbana - A Tempestade (de sentar no cantinho, se encolher, querer voltar pro útero materno e se acabar de chorar até o dia seguinte)

2) Magnólia (trilha) - Aimée Mann (de se-auto-entrar-em-si-mesma e querer ficar down, mas só um pouquinho. autogafia pura)

1) Pink Floyd - The Dark Side of the Moon (de viajar horrores. de tudo. um pouco.)

necessariamente nessa ordem. no caso, inversa. de cima pra baixo ou de baixo pra cima. sentido bairro-centro.
todos devidamente apreciados nessa noite incrivelmente sozinha.

And I know life is getting shorter
I can't bring myself to set the scene
Even when it's approaching torture
I've got my routine


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em óperas, estamos

Eu devia botar um cartaz na ponta do nariz: "fechado pra balanço". E outro na porta do apê: "desculpe os transtorno (sic), etc.".

Eu queria um dia de 27h. E sim, a citação e super proposital.

Eu já disse que tenho (temos) um hóspede? Ele é grande, parece um personagem de desenho, é pernambucano e um cineasta iniciante premiado. E boa gente que eu boto fé.

Eu acho que já escrevi eu(s) demais(es) no começo de todas as frases por hoje.

Mas o que eu não disse ainda é que a casa rosa está passando por transformações. Ela já foi desmontada e montada umas quatro vezes de sábado pra cá (é assim que dizem na minha terra). Ter todo o conteúdo do seu (no caso meu) guarda-roupa em cima do seu/meu sofá de dois lugares dá uma agonia da porra (também falam assim por lá). E algumas vezes, vendo toda aquela bagunça, eu sentei no puffe fúccia (repita 3 vezes puffe fúccia) e quase chorei. Tudo em nome do melhor servi-lhes e do bom atendimento. Eu e ele estamos virando um casal de verdade, dizem. Falando n'ele, é a ele que cabe a parte de arrastar, empurrar e levar pra lá e pra cá todos os móveis do ninho. Um querido esse namorido que eu arrumei...


7. house of love in sun
imagem gentilmente cedida sob pressão por Roy B. Jones


Parece que as gente vive um momento daqueles de muitas coisas. A gente, no caso eu. Ou não. Se é que alguém me entende. Uma coisa assim, meio furacônica, tufônica, ciclônica, de tudo ao mesmo tempo sempre. De emoções e desemoções. De querer explodir, às vezes, e esse explodir ser tudo de tão bom e até de um pouquinho ruim. Mas, principalmente, bom.

(oquei)

Vou ali fazer um top five e já volto.

Baixa, Cidade.

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terça-feira, setembro 07, 2004

um lindo texto do
NOSSO AMIGO FÁBIO
(leia até o fim)


FUNDAÇÃO DO PORTO ALEGRE
por Fábio Bruggemann

Volto ao sul e inauguro uma cidade. Passo por pilastras, lagoas que parecem mar, cabeças quietas de gado e planícies para chegar à beira de um rio. A ele dou o nome de Guaíba, acrescento-lhe um estuário, completo com navios e galpões, para depois batizar a cidade a sua volta com o nome Porto Alegre.

É uma cidade isolada, provinciana, um pouco decadente, mas, fazendo justiça ao nome, alegre. Às pessoas, atribuo-lhes a tarefa de vender bugigangas na rua da Praia (única onde não há praia, mas a imaginação é assim mesmo). Elas sentam nas calçadas e comem o pão, pedem uma moeda e vendem coisas. Seria este o único sentido da vida nas cidades: comprar e vender coisas? Caminho de doer as pernas, mas há outra função, a um arquiteto imaginário, que não seja a de pisar sobre seu próprio projeto?

Procurei velhos cachimbos, construí uma alfândega na praça homônima, admirei os prédios baixos da cidade baixa, respirei o ar barulhento da Redenção e me redimi, como faz sentido nestes lugares, quando o sol bateu-me à cara.

Ao contrário de deus - que criou, segundo a lenda, antes o homem - invento, primeiro, duas mulheres. Uma tem o nome de Adriana que, em minha língua, significa "aquela que está em todas as cidades". Desconfio, às vezes, que ela é quem me inventa. À outra, dei o nome de Rafa, a primeira a dar-me, com um abraço forte e um sorriso lindo, as chaves da cidade. Subimos o elevador (não há cidades sem eles) e, para não quebrar os rituais deste porto, sorvemos o amargo mate, muito distinto do suco saudável e doce que ela disse ter vendido um dia na Lagoa, onde sonho com ela imagens intraduzíveis.

A cidade tem outros habitantes. Há o Fedrizzi, cujo significado é: aquele que tem por hábito cair dos cavalos; o Sete-sete (ou Tzé, Tzé?) e a Jô, cujos beijos no seu homem me causam inveja. Há os que não tive tempo de nomeá-los, mas usam, quase como o homem de Drummond, óculos e barba e fazem pizzas com vontade de tocar um instrumento. Meus novos cidadãos têm fome e, para saciá-la, sirvo o risoto com os camarões de onde eu vim. De onde mesmo eu vim? Na rua, alguém grita meu nome e diz que venho de uma ilha sem porto. Com eles, a quem os chamo Marco e Loli, com estranhas manias de fazer filmes, contemplamos alegre o poente do rio Guaíba.

Porto Alegre, tão isolada em sua toponímia, precisa de poetas. Dei a um o nome Mário Quintana, que me diz: "Sinto uma dor infinita/ Das ruas de Porto Alegre/ Onde jamais passarei", transformando-se, a seguir, em estátua. Os outros, Ronald Augusto e Pedro Port, recitam versos, debatem coisas impalpáveis e inúteis como a poesia. Ronald (a quem já devo ter inventado em outros lugares) relembra Funes, o borgeano personagem de memória para tudo. Cabia tanto em sua cabeça, que o peso da história o empurrava ao leito. Se nós nos lembramos de qualquer árvore quando ouvimos a palavra árvore, Funes lembrava todas as árvores do mundo, uma a uma, com mínimos nós e seivas.

Se o indivíduo não pode suportar toda a sua trajetória na memória, para que não precise outra vida apenas para contá-la, sobra a ele, como tarefa, guardar um pedaço suportável da história, para depois reparti-lo coletivamente, compondo um mosaico chamado cidadania. O fulano lembrará da batalha dos charrúas, o sicrano do dia em que o primeiro automóvel subiu a recém inaugurada Borges de Medeiros e seus belos arcos, porém sombrios; o beltrano terá como sina contar quantos carecas havia no teatro São Pedro. A vida contada assim talvez seja mais compreensível e menos fragmentada. O conjunto destas memórias torna leve os acúmulos privados - porém seletivos - da memória e evitam o contrangimento deste péssimo hábito das cidades desmemoriadas, que é o de esquecer a todo instante a forma de uma roda.

Naquele porto, para combater a melancolia dos seres que habitam as planícies, o mate é o elo da alegria. A cuia não divide apenas o líquido amargo, mas o naco de história de cada cidadão que o sorve. Na volta, dou carona a um padre de nome Paulo. Ele não suporta os grandes congressos, as reuniões acadêmicas e as falas equivocadas. Porém, não sabe que, de alguma forma, me alegra como a um porto, porque resignifica a palavra amizade nestes tempos sombrios e não muito
alegres.

...
:~
(os grifos são meus. os amigos citados também)

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domingo, setembro 05, 2004

Roy was here
Roy was here


a luz do porco ilunima a janela. não perturbe.

toda obra de Roy B. Jones.
esse post é dedicado a mimix.


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quinta-feira, setembro 02, 2004

piada

Sagitário(22/11 a 21/12) - Se você estava achando tudo muito lento, não há mais motivo para reclamar, pois Mercúrio volta ao movimento Direto. Você não terá muito tempo para abanar a cauda no meio do campo: vai ter tanto que fazer e correr atrás que sairão labaredas de seus cascos. Se quiser parar para pensar, faça isso agora, senão você pode perder o páreo.

Que Deus mantenha minha integridade - física, moral e psicológica - após todos esses dias longos, infernais e intermináveis de muito trabalho e fadiga. Amém.

E ainda chove na terrinha.

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