segunda-feira, janeiro 31, 2005
Todo mundo foi embora e Nilza, a faxineira, vem amanhã botar as coisas em ordem. Em ordem não anda muito a minha cabeça, nem as finanças, mas que há de se fazer? Cortei o sushi da minha lista de prioridades, pelo menos, por enquanto. E a proposta de um carnaval econômico em casa ganha forma. Gasto mesmo só com o aluguel dos DVDs, mas também! Mês que vem começamos a caixinha: missão de juntar toda a grana possível pra poder ir pra Chapada Diamantina um dia, logo, em breve. E vamos.
Enquanto esse dia não chega, lá vou eu pra São Paulo. Bate e volta: viajo na quinta, de volta na sexta. Só a tempo de trabalhar e perder a recepção ao Brozó, que chega na quinta, depois de seis meses vivendo a vida sob o sol da Califórnia.
"Bem vindo de volta, tio Zozo!"
E como diriam Chico e Caetano, "a gente vai levando, a gente vai levando"...
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sexta-feira, janeiro 28, 2005
Meio FSM, meio BBB, minha casa virou uma espécie de acampamento social mundial. Brasileiro, pois. Internacionais são os acampados do vizinho. Lá em casa, só uns sotaques diversos e aconchegantemente deliciosos.
Primeiro chegou Manhana, baiana porreta que faz Relações Internacionais e esteve acampada na Marcílio Dias no último Fórum. Amiga de uma amiga de uma conhecida. Virou amiga. E dessa vez trouxe Diego, que chegou depois. Os soteropolitanos armaram a barraca, literalmente, no pátio, realizando, assim, meu sonho de ver o Acampamento Social da República oficialmente fundado. Coisa linda. Fotas em breve.
O terceiro acampado é Sivaldo. Sivas, Shiva, Silenaldo dos Cachinhos. Meu grande companheiro de viagens, amigo incondicional, uma das pessoas mais importantes que conheci na Faculdade, que dividiu comigo vários anos de farrra e um ano de pesquisa e que, involuntariamente, também é responsável pela minha vinda pro Rio Grande do Sul. Siva é praticamente um irmão bastardo. Alagoano, mora hoje em Salvador, onde terminou o mestrado e parte prum Doutorado arretado em Tecnologia da Comunicação.
De São Paulo, chegaram Gabi e Thalita - umas bebês fofas que a tia Jo ama. Conheci Gabi em Maceió quando ela morou uns anos por lá. Depois voltou pro interior de São Paulo e hoje cursa Geografia numa cidade impronunciável do Mato Grosso do Sul. Há seis anos não via a Gabi, que me chama de Filéu e tem um carinho por mim tão grande quanto o que tenho por ela. Não preciso dizer a felicidade que é ter essa "galega" aqui em casa.
Thalita é amiga de Gabi e também esteve acampada lá em casa no ultimo Fórum. Foi amizade à primeira vista, praticamente. A pequena-grande garota quase veio de mala e cuia pra cá, mas acabou mesmo indo pra Niterói, onde faz Serviço Social.
Gugussauro e Nemo estão adorando a bagunça. O 77 também. Ontem, enquanto eu, a Erica e o VG tentávamos mudar o mundo enquanto comíamos um xis coração na Lancheria, ele estava em casa, fazendo sala pros hóspedes, que bebiam vinho e conversavam sobre, ãhn, tudo? Até sobre os cheiros e sabores que te trazem de volta à infância...
Coisa linda que tá lá em casa.
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terça-feira, janeiro 25, 2005
O traumatologista elogiou minha estrutura: tudo no lugarzinho, diz ele. Inclusive as cavidades dos ossinhos da coluna cervical - uma coisinha assim perfeitinha. A tendinose persiste, no entanto. Ele passou mais umas boletas e fisioterapia, coisa que nunca fiz na vida e que começo, teoricamente, amanhã. Também recomendou ficar uns 10 dias sem fazer hidro nem usar computador, mesmo sabendo que o segundo item é impossível.
A coisa que mais quero na vida é ter meu bracinho esquerdo do jeito que ele sempre foi: retinho e alongado.
O ouvido? Nada grave. Era só sujeirinha mesmo.
Os diminutivos são todos propositais porque hoje eu ando muito mulherzinha.
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segunda-feira, janeiro 24, 2005
And changed my lonely nights and changed my lonely nights and changed my lonely nights and changed my lonely nights...
Eu só vou dizer duas coisas: que eu chorei do começo ao fim. Não o tempo inteiro, gnorânça. E que passei o final de semana inteiro ouvindo Nina Simone.
Rolou até uma cena bonita lá em casa no sábado à noite: casa limpinha e cheirosa pós-nilza, meia-luz e nina simone tocando baixinho. Só faltou o jantar romântico e o vinho, mas foi justo no dia/noite que decidimos comer hambúrguer. Maldição.
Fato é que eu gosto tanto do Before Sunrise e esperava tanto pelo Before Sunset. E sai do cinema realizadíssima com a belezura de filme que vi. E querendo rever muitas vezes os dois e esperando pra comprar a caixinha com os dois dvds mais todos os extras que vai sair um dia.
Fazer o que se a pessoa é sim uma romântica incorrigível e segue acreditando?
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domingo, janeiro 23, 2005
Além de renga do braço esquerdo, eu agora estou surda do ouvido direito. Equilíbrio é tudo nessa vida! Sim, porque eu sempre soube que sou uma pessoa desequilibrada - eu tropeço, eu caio, sou a rainha da topada - mas tive certeza esses dias, quando fui fazer um raio-x da patinha torta. Não consigo ficar quietinha, parada, sem me mexer. A coisa ficava pior quando a moça, enquanto saia da sala, dizia "não respira!". Deos! É claro que tive refazer umas tantas posições, que saíram tremidas.
Eu também sou uma pessoa mais feliz por ter um plano de saúde que funcione. A proximidade com os 30 me fez um pouquinho mais preocupada com a saúde - pra não dizer mais neurótica ou hipocondríaca mesmo. Fato é que nunca havia ido a tantos médicos, feito tantos exames e tratamentos como no último ano. E 2005 começa movimentadíssimo, já que resolvi ficar surda e terei que ir num otorrinolaringologista amanhã. A função segue com gineco e traumato na terça, onde vou levar o tal raio-x e a eco. Espero boas notícias e que o bracinho volte ao normal logo. Cansei de ser Nemo.
...
Enquanto tudo isso, aguardo notícias profissionais dando conta se vou viajar ou não, a trabalho, no fim do mês. Duas possibilidades. Até lá, começa (e termina) mais o V Fórum Social Mundial e minha casa vai, mais uma vez, se transformar no Acampamento da Juventude. Esse ano em versão reduzida, apesar da casa maior, porque alguns viventes deram pra trás. De qualquer forma, alguns amigos vêm e fico feliz em poder recebe-los em casa de novo.
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sexta-feira, janeiro 21, 2005
O refrigerante do McDonalds de Porto Alegre está com gosto da água do Guaíba. Gosto de lodo, lama. O mesmo gosto/cheiro de água podre que sai pelas nossas torneiras todo dia.
O Backbone tinha dito que o refri dessas máquinas são feitos com água encanada. "Bem capaz!". Dias depois pegamos um número-alguma-coisa no drive thru da Silva Só e quando chegamos em casa tivemos que jogar todo o conteúdo do guaraná diet no lixo.
(Pra quem não sabe, o Rio Grande do Sul está passando por um período de seca, o que fez com que o nível do Guaíba - rio? lago? estuário? - baixasse. Como se não bastasse, isso (ou sei lá eu o que) faz com que se proliferem umas algas assassinas no encanamento da água e chegue nas nossas casas uma aguinha podre de xuja, mal cheirosa e intragável.)
É absurdo, mas está acontecendo. Comer fora também é meio roleta russa. Eu, que adoro sushi, outro dia também comi uns bolinhos de arroz com gosto de água podre naquela rede de fast-food japonês que tem nos shoppings Praia de Belas e Moinhos.
Lamentável.
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quarta-feira, janeiro 19, 2005
Hoje é o último dia da exposição Crisálida. Além de apreciar pela última vez esse mundinho criado por Nina Moraes, antes dele ser coberto por uma espessa camada de tinta, quem aparecer por lá vai poder conferir alguns vídeos e DVDs peculiares. A partir das 19h.
...
É o que diz o e-mail. Eu, que sou fã da Nina e de seus desenhos, não perco por nada, já que consegui não ir na abertura. Já ouvi dizer que a exposição está um primor de lindeza e tem umas imagens gigantescas tri bonitas. Tomara que eu consiga também ver os dois vídeos com a temática Animação: Memories (4 curtas de Katsuhiro Otomo) e o DVD Tonto (desenhos animados breves dos caras da Editora Tonto)
A galeria de arte Adesivo fica na Coruja de Minerva -Cel Neves 150, sala 118, bairro Medianeira, Porto Alegre-RS
www.corujademinerva.com.br
www.fotolog.net/galeriaadesivo
www.fotolog.net/visceras
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Eu, ele e os bebês em casa, jogados na cama. Eu digo "nós somos uma família bem estranha, não?". Ele responde. "É. Um dinossauro, um peixe, um número. E você". Mimoso.
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quinta-feira, janeiro 13, 2005
O Gugussauro ganhou um irmãozinho. É um Nemo de-verdade-de-pelúcia, lindo lindo lindo de morrer, coisa mais fofa e zoiudinha da mamãe. Foi na terça à noite, depois de comer o quibe cru mais apimentado da cidade baixa. Chegamos em casa e ele disse que tinha uma surpresa. Rolou aquele "tá quente-tá frio (frio?)" básico até eu achar o embrulho no maleiro do guarda-roupa.
Eu quase tive uma síncope de felicidade, porque aquele Nemo lindo-de-verdade-de-pelúcia era a coisa que eu mais queria nos últimos tempos. E ele foi lá na Loja França e comprou pra mim...
O tio Ózer acha que nós somos uns doentes-dementes-débeis-mentais. Eu também acho, às vezes. Sobretudo quando falo com meu Nemo de-verdade-de-pelúcia como se estivesse falando com um bebezinho e durmo abraçada nele e acho tão lindo o jeito de peixe-palhaço-vivo como ele me olha...
Eu, ele, o Gugussauro e o Nemo. Somos agora uma família maior e mais feliz. E mais demente só um pouquinho.
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terça-feira, janeiro 11, 2005
Eu tô me sentindo o Nemo. Na hidro, todo mundo fazendo ginástica direitinho e só eu renga. Pior é que semana passada a turma inteira usou alteres. Menos eu. Ele diz que é a minha nadadeira da sorte...
Falando em Nemo, eu sei falar baleês igualzinho à Dori. Querem ver? Ok.
E por falar em baleia, andaram me recomendando Banha do Peixe Boi da Amazônia para a patinha maltratada pela tendinose. Ok, ok.
Já que eu falei em Peixe Boi, lembrei que fui ontem na nutróloga e descobri que, contrariando todas as minhas expectativas pessimistas, perdi meio quilo no último mês. Agora são, oficialmente, 2 quilos e 300 gramas a menos em menos de 2 meses. Go, Jojo. GO!
Ah, sim. Ela também me recomendou caminhadas. Eu acho caminhada uma coisa tão sem sentido: a pessoa anda, anda, anda pra não chegar a lugar nenhum. Mas recomendações médicas são para serem cumpridas. E ela disse que numa caminhada de uma hora, a pessoa perde não-sei-quantas calorias. Hum.
E como um assunto puxa o outro... amanhã eu e a tia Driquinha vamos gastar todos os nossos salários em creme para celulite. Ok, ok, ok. E ainda é mentira. Só vamos gastar 10% dos nossos salários. Mas eu boto muita fé na cosmética moderna.
Ou não.
...
"We let the Gold Fish go!"
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segunda-feira, janeiro 10, 2005
Um conhecido de Minas que até essa semana morou em Porto Alegre e está indo pra São Paulo. Diz ele que quando chegou aqui ganhou um folheto desses de turismo onde dizia que a temperatura média de PoA é 20°. Depois de um tempo ele começou a entender: é zero grau no inverno e 40° no verão - média 20.
- esse final de semana eu tomei mais banhos que em um mês inteiro de inverno
- e sábado, no Deprê Navegantes? aquele lugar parecia uma cidade fantasma e nós lá, as loucas, se derretendo de calor. quem teve a idéia de construir um shopping a céu aberto em Porto Alegre???
- só o ar condicionado salva. mas um ventiladorzinho furrenca já está valendo.
- e a chuva do domingo à noite serviu só pra amenizar um pouquinho.
- ah, minhas roupas sujas!
- planos para o carnaval: piscina de plástico e DVDs. no meio da sala. caipirinha e metropolitans pra acompanhar.
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sexta-feira, janeiro 07, 2005
última noite de 2004.
77 comendo peixe e eu cantarolando Bob Marley...
é por isso que a expressão "quebra de paradigmas" nunca sai de moda nas nossas vidas.
....
por falar em 77, ele tinha duas opções: ir com a gente ao Deprê Navegantes amanhã ou emprestar o carro. óvbio que ele emprestou.
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We`ll be together, with the rooftop over our heads / We´ll share the shelter of my single bed. / We´ll share the same roof, Jah provides the bread...
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quinta-feira, janeiro 06, 2005
ou
cama, mesa ou banho?
Com a chegada das casas Bahia no estado, as lojas de eletro-eletrônicos-móveis-e-afins entraram em pânico e andam fazendo aquelas mega-liquidações com fila na porta desde a madrugada e gente se estapeando pra comprar um ventilador. Só amanhã e sábado, duas grandes lojas vão fazer uma dessas em Porto Alegre e acho que dessa vez eu vou tentar comprar uma panela de pressão a preço de sabão em pó. Não se sabão em pó seja barato, mas enfim.
Tô escrevendo sobre isso porque a Erica ontem conversava sobre isso, dizendo que foi na última dessas. É o tipo de situação que você acha que nunca vai se prestar a passar, mas eu confesso que só não fui porque, às 11h da manhã, ele me convenceu que eu não ia encontrar mais nada do que eu queria. Sim, a Erica estava lá se estapeando com as velhinhas e isso é muito engraçado, real e desesperador ao mesmo tempo. Afinal, estamos mesmo virando donas-de-casas-modernas-e-antenadas e também preocupadas com a economia doméstica? Meda.
Já que o assunto é liquidação, a Tok & Stok está liquidando até 21 de janeiro. E eu recordo esse ano quando a gente ia pra lá em caravana. Numa dessas vezes, fomos de Passatão com o Vaz e a Fran. Foi no dia que a Tia Driquinha fez a festa. Só que a estante de cds não coube no Passat... Recordar é viver. (suspiros)
E por falar em caravana, neste sábado, eu, a Tia Driquinha e a Rafa estamos planejando fazer umas comprinhas no DC Navegantes. Fato é que lá no Deprê Navegantes tem uma ala chamada qualquer-coisa-D com lojas só de coisinhas para a casa e decoração. Cada uma tem uma missão: de simlpesinhos puxadores de guarda-roupa a imponentes tapetes, passando pelas luminárias, acho que vamos siafundá na jaca. Mas eu acho que vai ser muito divertido e tenho fé. Ou não. E eu posso até adivinhar a cara do Tio Ózer, dizendo: "BANDO DE MULHER LÔCA!".
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Esse post é dedicado à Larissa, pelo divertido clericot de panela de ontem e porque, afinal, ela está adentrando nesse novo mundo de mulher do lar e eu tenho certeza que em breve vai aprender a fazer maravilhosos ovos fritos omeletes na omeleteira nova. Força!
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terça-feira, janeiro 04, 2005
Imbuída de espírito ecologicamente correto, a pessoa resolve catar guimbas de cigarro no pátio do camping Padang:
ela: Olha, achei uma guimba de cigarro FLY!
eles: (...)
ela: Olha só: EURO!
ele: Então junta, que isso vale mais que dólar.
Juntou.
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Ah, a vida na praia! O reveillon foi ótimo. A praia da Ribanceira é linda. Os catarinenses são umas figuras indecifráveis e quase incomunicáveis. E qualquer hora eu volto pra contar um pouco mais.
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